Tem dia que a gente acorda e pensa: “é hoje, eu tô pronto pro sucesso”.
Aí você vai, dá o seu melhor, a vida começa a sorrir de volta… e pá: o universo manda um recadinho, mas não é o universo do bem, não.
É aquele olhinho torto da colega de trabalho, é o parente no grupo de família com a crítica passivo-agressiva, é o amigo de infância que some mais rápido que sinal de Wi-Fi ruim.
É também aquele colaborador que você investiu, treinou, acreditou, mas que parece mais um sabotador interno da empresa do que um aliado.
E você fica pensando: “gente, será que evoluir virou crime? Será que crescer agora é pecado capital, daqueles que nem reza brava dá conta?”
Spoiler: não é você.
É o sistema nervoso primitivo das pessoas ao seu redor que entrou em pane.
A neurociência explica: o cérebro humano ama uma rotina segura. Ama tanto que, se pudesse, colocava a vida no modo avião para sempre.
Crescimento? Mudança? Só se for no outro.
Quando você começa a mudar, o cérebro das pessoas aciona o alarme de perigo como se você tivesse puxado o tapete emocional delas.
É biológico. É feio? É., mas é natural.
A galera não tá te odiando porque é ruim (bom, às vezes é também), mas porque o cérebro delas grita: “PERIGO! MUDANÇA DETECTADA!”
E se você acha que é só um problema racional, se enganou.
Nosso inconsciente, aquele território mágico onde a hipnose faz a festa, é programado desde criança para aceitar umas crenças bem tortas:
“quem sobe muito, cai feio”,
“dinheiro não traz felicidade” (mas também ninguém quer devolvê-lo, né?),
“felicidade demais dá azar”.
Essas frases vão virando dogmas internos que ninguém questiona.
Aí quando você, todo bonito, todo crescido, começa a desafiar essas leis invisíveis, o inconsciente coletivo entra em pânico.
E o que ele faz? Rejeita você. Tentam te sabotar, te diminuir, te puxar para a zona de conforto deles onde tudo é morno, previsível e sem graça.
E os astros? Ah, os astros são poéticos, mas também são afiados.
Saturno, por exemplo, adora dar aquela chamada de responsabilidade no meio da sua tentativa de expansão.
Plutão? Esse nem avisa: simplesmente destrói o que não serve mais pra te obrigar a renascer das cinzas.
A astrologia ensina que crescer é se despedir de algumas pessoas, algumas versões suas, e de várias ilusões no caminho.
E nem todo mundo vai suportar a sua metamorfose. Faz parte.
Crescer é, às vezes, romper contratos invisíveis que nem sabíamos que tínhamos assinado.
Agora, entre nós: em vez de gastar energia tentando entender por que a galera torceu o nariz pro seu brilho, faz o favor de usar a retórica mais gostosa que existe, o autoabraço.
Não se explica. Não se encolhe.
Não precisa pedir desculpa por não caber mais nos moldes antigos.
Crescer dói? Claro que dói.
Desapegar de quem a gente achou que seria para sempre? Dói mais ainda.
Mas dói muito mais viver pequeno pra agradar quem tem medo de voar.
Então, da próxima vez que sentir que crescer virou pecado, apenas sorria.
Continue plantando suas árvores, mesmo que tenha gente torcendo pro seu jardim secar.
Continue acendendo suas luzes, mesmo que tenha morcego reclamando da claridade.
Porque no final das contas, meu amigo, minha amiga, o problema nunca foi o seu sucesso.
O problema sempre foi a cegueira de quem não aprendeu a usar óculos escuros.
Cresça. Evolua.
Se perder faz parte, mas se encontrar também.
Quem é de verdade, fica.
Quem for só de temporada, se despede na estação certa.
E você?
Você segue em frente.
Porque borboleta que se respeita nunca volta para ser lagarta. Nunca.
Com Amor
Fênix